Você sabe qual a importância da inteligência emocional?

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e as funções mentais, buscando compreender as questões sentimentais, da razão e as atitudes de um indivíduo. Corpo e mente exercem influência um sobre o outro, originando o nosso comportamento.

A Psicologia é uma área de extrema relevância para você que é concurseiro, pois é graças a ela que temos conhecimento sobre a inteligência emocional e podemos mensurar a importância do desenvolvimento dessa competência.

Se você está em busca de recursos para acabar com a ansiedade, veio ao lugar certo! Confira nosso artigo completo sobre o assunto, tenha uma rotina de estudos mais leve e faça uma prova sem estresse. Acompanhe!

O que é a inteligência emocional?

A frase “lidar com as emoções” parece se encaixar perfeitamente em diversas situações das nossas vidas. Não é incomum que, em determinadas ocasiões, as pessoas dizendo coisas como “não tenho estrutura para suportar isso”. Inclusive, se você costuma frequentar as redes sociais, já deve ter visto muitos memes ilustrando esse tipo de cenário.

A inteligência emocional é a capacidade que um indivíduo tem para administrar o seu emocional e o das pessoas que o cercam.

Assim, a pessoa consegue construir uma relação saudável consigo mesma e com o próximo, agindo de forma consciente, racional e inteligente, sem deixar que as questões emocionais comandem ou atrapalhem suas ações. Veja outros problemas que a ausência dessa habilidade pode provocar:

  • depressão;
  • síndrome do pânico;
  • transtornos de ansiedade;
  • insegurança;
  • alto nível de estresse;
  • quadros de compulsão.

A correria dos dias atuais é uma das principais dificuldades para o desenvolvimento da inteligência emocional. Nossa vida está envolta em prazos, metas, cobranças, reuniões e relacionamentos. Isso sem contar as situações mais lamentáveis, como a ausência de um ente querido.

Achar o equilíbrio para enfrentar tudo o que a vida nos reserva não é fácil, contudo, é necessário. Não há caminho para chegar ao sucesso que não contemple uma mente sã.

Por esses motivos, é fundamental que o indivíduo tenha conhecimento sobre o que é, como funciona e como desenvolver a inteligência emocional.

Quando surgiu o conceito?

O conceito de inteligência emocional surgiu por volta dos anos 1990. Acontece que muito antes disso outros teóricos já haviam escrito teorias sobre a influência dos fatores ligados às emoções nas condutas racionais e inteligentes, a capacidade de compreender a si mesmo e os modelos de inteligência.

Mas foram os psicólogos norte-americanos Peter Salovey e John Mayer os primeiros pesquisadores que definiram o seu significado de inteligência emocional.

Segundo o site psicologi.co, voltado para a publicação de pesquisas sobre inteligência emocional, os autores a conceituaram como sendo a capacidade de raciocinar em cima de informações emocionais, de forma a se adaptar melhor aos eventos que acontecem na vida.

Os autores dividem a inteligência emocional em quatro capacidades:

Percepção emocional

Envolve perceber as suas emoções e as expressadas por outras pessoas de maneira adequada. Os que estão mais à frente conseguem observar se o estado emocional do outro é verdadeiro ou falso.

Facilitação emocional

Significa conhecer os gatilhos que servem de apoio para melhorar o próprio desempenho, como estudar ouvindo um determinado tipo de música.

Compreensão emocional

É o entendimento do mix de emoções gerado por uma situação e o caminho emocional percorrido. No caso dos concursos públicos, o indivíduo identifica:

  • na etapa de estudos: o nervosismo e a dificuldade de concentração;
  • durante a prova e nos momentos de espera do resultado: a ansiedade;
  • no caso da não aprovação: a frustração.

Gerenciamento emocional

Implica utilizar todas as informações anteriores de forma integrada, promovendo uma melhor adaptação a essas situações e o reconhecimento de mecanismos que auxiliem no controle das emoções.

Foi Daniel Goleman, jornalista consagrado por sua brilhante carreira no The New York Times, quem popularizou as questões sobre a inteligência emocional.

Goleman acredita que esse é o aspecto mais importante para o sucesso dos indivíduos, fazendo uma relação com as situações de trabalho e o relacionamento interpessoal dentro das empresas e dos negócios.

Segundo o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) publicou, explicando essa associação feita pelo autor, “ter um controle sobre o fluxo das emoções e a capacidade de refrear impulsos é uma qualidade essencial para conseguir ter sucesso e um bom relacionamento interpessoal com todos a sua volta.

Hoje a inteligência emocional acabou se tornando uma condição indispensável para o planejamento de atividades empresariais no que se refere à liderança, gestão e organização. Desenvolver Inteligência emocional pode trazer mudanças radicais para o ambiente de trabalho, pois as relações interpessoais entre profissionais formam um fator prioritário à conquista da excelência em todas as áreas.”

O autor propõe 5 pilares de sustentação:

  1. a autoconsciência;
  2. a capacidade de administrar as próprias emoções;
  3. a automotivação;
  4. a empatia;
  5. as habilidades sociais.

Isso nada mais é que pensar no impacto que os seus sentimentos negativos (como a raiva) têm sobre as outras pessoas.

Como ela funciona?

O corpo humano funciona como uma máquina, e temos alguns órgãos vitais que atuam como engrenagens. Mas é no cérebro que está localizada a central de comando desse engenhoso equipamento.

A razão e a emoção estão localizadas dentro de nossas cabeças, uma de cada lado do encéfalo. Ao lado esquerdo, está o controle do nosso pensamento racional, pensamentos lógicos e analíticos e das nossas funções físicas. Já à direita, temos o nosso hemisfério das emoções.

O nosso lado emocional trabalha mais rápido do que o racional, atuando por impulso. Já a metade esquerda relaciona causas e efeitos. Dentro do lado direito, a parte que controla as sensações mais profundas é chamada de sistema límbico, que detém as funções de gerir as emoções, a memória e também a aprendizagem.

Em outra área desse mesmo hemisfério está o córtex pré-frontal, que cuida do controle emocional, da concentração, da empatia e do julgamento. O que faz uma pessoa se distrair com facilidade é a baixa atividade no córtex. Já o que funciona excessivamente causa o estresse e a ansiedade.

Há também os gânglios basais, responsáveis por coordenar sentimentos e pensamentos diante de determinadas situações.

Muitas pessoas acreditam que inteligência emocional é, na verdade, agir exclusivamente com a racionalidade, seja qual for a situação. Você faz parte desse quadro? Também pensa que para ter essa habilidade é necessário que o lado racional domine e administre o emocional?

Para que inteligência emocional atue, não é preciso que o hemisfério esquerdo anule o direito. O funcionamento, na verdade, depende do equilíbrio entre as duas partes.

Como desenvolver?

Felizmente, a inteligência emocional não é uma característica hereditária. É possível desenvolver a habilidade para:

  • regular os próprios sentimentos;
  • ter mais empatia pelo próximo;
  • potencializar a capacidade de liderança;
  • agir com sabedoria;
  • tomar as melhores decisões;
  • gerenciar os níveis de estresse.

Entre outras ações que trazem benefícios para as mais variadas situações da vida de um indivíduo.

Separamos algumas dicas para que você possa desenvolver a inteligência emocional como capacidade. Confira abaixo.

Aja mais e reclame menos

Pessoas emocionalmente inteligentes procuram não prolongar suas lamentações, seus momentos de raiva, estresse ou frustração. Ou seja, ao se deparar com alguma adversidade, a pessoa identifica facilmente o seu estado emocional diante da situação e busca por alternativas para solucionar e superar essas questões.

Acredite na sua competência

A autoconfiança e o autoconhecimento são dois elementos fundamentais para os indivíduos emocionalmente inteligentes. Isso é possível quando a pessoa conhece quais são seus talentos e suas habilidades e, assim, conseguem explorar o seu potencial.

Seja sincero com você mesmo, recorra à terapia ou até pergunte aos amigos e aos familiares as impressões que eles têm sobre as suas ações, o que você realiza de melhor e em quais situações.

Ter consciência sobre esses fatores e refletir sobre os motivos que levam a agir dessa forma é fundamental para acreditar na própria capacidade de resolver os problemas e repetir as atitudes positivas.

Busque ajuda quando estiver estressado

Explodir nunca é bom. Aqui está mais um ponto importante sobre o autoconhecimento. Na dica anterior, recomendamos buscar a ajuda de terceiros para identificar aptidões. Aqui, o mesmo conselho é válido na condição de descobrir em quais situações você chegou ao seu limite.

O objetivo é encontrar meios para sair da atmosfera estressante antes de estourar, seja praticando um esporte, recorrendo a algum hobby, acreditando que você é capaz ou simplesmente respirando profundamente. Pratique até encontrar o seu ponto de equilíbrio.

Aprenda com os outros

Muitas vezes é mais fácil olhar a vida “do lado de fora”. Se você sente que é uma pessoa muito imersa nas emoções, aprenda com os outros. Observe o comportamento alheio, sem julgamentos, e veja como os outros reagem ao que está acontecendo com eles. Pense em como você reagiria e também na solução que poderia ser aplicada ao caso.

Aprenda com você mesmo

Aprenda também com você mesmo. Não se culpe pelos seus erros, mas assuma a responsabilidade e as consequências deles. Dessa forma, você aprende com os seus deslizes e evita repetir atitudes que não deram certo.

Perceba que desenvolver a inteligência emocional faz com que você pare e pense antes de falar e agir. As consequências são positivas: possivelmente você vai tomar as melhores decisões, ter relacionamentos mais saudáveis (tanto profissional quanto pessoalmente) e conseguir controlar as emoções em momentos decisivos da sua vida.

Como usar a inteligência emocional no concurso?

Você deve ter notado que desenvolver a inteligência emocional pode ser de grande ajuda na hora de prestar a próxima prova para um concurso público.

Uma das principais reclamações de candidatos que participam de um certame, principalmente os de alto grau de complexidade e com um grande número de concorrentes para poucas vagas, é não conseguir controlar o nervosismo na hora de responder as questões.

Com o emocional abalado, fica difícil se concentrar. Como consequência, aumentam os riscos de errar uma questão por besteira. O autocontrole, então, tem um papel fundamental na hora da classificação. As ferramentas de estudo continuam com a sua função de extrema importância. 

Organizar um plano eficiente de estudos, administrar bem o tempo e usar a internet para pesquisas ainda são a base para ter o conteúdo na ponta do lápis na hora de preencher o gabarito.

Entretanto, o equilíbrio emocional é fator determinante para manter a concentração na hora do exame. Que tal recordar o que falamos anteriormente e aprender um pouco mais sobre como esses elementos podem ser usados a seu favor em um concurso público?

O autoconhecimento

Muito foi falado sobre conhecer a si mesmo e a suas próprias emoções. O autoconhecimento deve acompanhar o candidato em todas as fases do concurso.

Começa já nas inscrições. Quem não tem um propósito definido e apenas busca por bons cargos em órgãos estaduais e, principalmente, nos federais, precisa estar ciente que a função a ser escolhida deve ser compatível com suas características pessoais.

Quem está buscando a estabilidade de um cargo público precisa se realizar pessoalmente. Os efeitos de trabalhar em uma função que não corresponde à sua personalidade podem ser devastadores.

Acredite: não ha salário que compense uma vida profissional infeliz. Uma carreira mal escolhida pode, inclusive, ocasionar sérios problemas de saúde. Você pode descobrir as funções com as quais você mais se identifica por meio:

  • da terapia com um psicólogo;
  • do auxílio de um coach;
  • da internet, buscando informações sobre o cargo.

Procure nas redes sociais por grupos destinados à interação desses profissionais, faça uma busca no Google e acompanhe o que essas pessoas têm a dizer sobre seus trabalhos. Se conhecer alguém que esteja atuando na função almejada, pergunte sobre a sua rotina.

Uma outra etapa que pode vir antes ou depois das inscrições são os estudos. Elaborar o seu planejamento baseado nos horários em que você rende mais é um dos segredos da concentração e para a boa compreensão do conteúdo.

E então temos a hora da prova. Você conhece a si próprio melhor que ninguém: qual o melhor esquema para responder as questões? Primeiro as de raciocínio lógico ou conhecimentos específicos? Começar a prova por qual nível de dificuldade?

O autoconhecimento também ajuda no controle do nervosismo. Quando você sabe quais são as ocasiões em que você começa a se sentir ansioso, fica mais fácil de evitar ou contornar as situações. Um exemplo é o tempo de prova. Quando você descobre que ficar de olho nas marcações pode tirar sua concentração, já consegue planejar quais as ferramentas que podem ajudar a manter a tranquilidade.

O autocontrole

Todo o processo de um concurso pode ser muito estressante. Primeiro, porque é necessário abrir mão de algumas coisas em nossa rotina quando resolvemos estudar.

Esse é um processo doloroso. Alguns colegas acabam se afastando pela ausência, algumas reuniões sociais devem ser deixadas de lado e até o cineminha precisa ser programado com antecedência para que possa acontecer.

É claro que a vida social faz parte das estratégias de estudo e os mecanismos para relaxar devem estar presentes, mas de forma moderada.

Algumas pessoas não conseguem lidar tão bem com isso, o que acaba afetando diretamente a memorização, os conhecimentos adquiridos e as relações com as outras pessoas. Lembra do que falamos sobre explodir?

Você deve estar bastante interessado em saber como pode manter o controle na hora da prova e se fazendo perguntas como:

  • “Como não agir por impulso e assinalar as alternativas erradas?”
  • “Como não deixar a ansiedade me dominar?”
  • “Como manter o foco durante as longas e exaustivas horas de duração da prova?”

Para que você consiga manter o foco no decorrer do exame, tenha em mente os motivos que fizeram você estar ali. Lembre-se que o esforço é temporário e você será recompensado se agir com calma.

Nesse momento, o autoconhecimento e o autocontrole se unem para que você não surta durante o processo.

A autoconfiança

Você se preparou durante meses, assistiu a muitas aulas, fez incontáveis simulados, leu livros e jornais, viu filmes, treinou a escrita e foi atrás de todos os macetes da banca examinadora? É hora de a racionalidade falar mais alto. Você estudou, se dedicou, aprendeu técnicas para controlar a ansiedade e sabe até mesmo respirar corretamente.

Então, acredite no seu potencial e na sua disciplina! Não perca tempo nem desvie seu pensamento no momento da prova com questionamentos do tipo “O que vou fazer se não passar? Será que os candidatos estão preparados como eu?” Siga as inúmeras dicas presentes neste artigo e domine a sua mente.

Qual a importância para os estudos?

Ao explicarmos o funcionamento da inteligência emocional, falamos sobre os lados do nosso cérebro que comandam a razão e a emoção. Você aprendeu que do lado direito é onde estão as emoções, e do esquerdo a racionalidade. Esse tópico revelou duas importantes informações sobre os dois hemisférios:

Parte emocional

  • trabalha mais rápido que a racional;
  • age impulsivamente;
  • é responsável por administrar e controlar as emoções e os pensamentos;
  • concentração, memória e aprendizagem são gerenciados na mesma área que o nosso emocional.

Parte racional

  • responsável pelo pensamento lógico e analítico;
  • controle das funções físicas.

Além do nervosismo na hora da prova, a falta de concentração nos estudos é também uma dificuldade recorrente entre os concurseiros. A busca por ferramentas que ajudam a manter o foco na hora de assistir as aulas ou ler as anotações deve ser constante.

Aprender como funciona o cérebro é fundamental para entender a importância da inteligência emocional na etapa de preparação para um concurso. Muitos ficam desesperados por não conseguirem se manter focados, e acabam diminuindo o ritmo da leitura e dos exercícios ou chegam até mesmo a desistir.

Quando você entende que se distrair é mais fácil que se concentrar, ou que pensar no crush é mais gostoso que resolver uma questão de raciocínio lógico, consegue trabalhar a autoconfiança e o autoconhecimento.

Você para de questionar a sua capacidade, começa a acreditar nas suas habilidades e a desenvolver a autoconfiança, além de identifica com facilidade as dificuldades que podem atrapalhar a sua rotina.

Assim, você pode estabelecer os métodos mais eficazes para auxiliar o entendimento, a fixação do conteúdo e aplicação na hora da prova.

Qual sua importância na hora da prova?

Você deve estar se perguntando:

  • “Como é possível atingir o equilíbrio emocional?”
  • “De que forma eu posso trabalhar esse balanço para tomar decisões mais inteligentes e não cair nas pegadinhas das provas?”
  • “Como posso organizar meus pensamentos na hora da prova discursiva e vencer a dificuldade em escrever?”
  • “Qual a maneira para fazer meu cérebro trabalhar mais rápido, sem sofrer as consequências como o alto nível de estresse?”

A resposta é relativamente simples: as pessoas emocionalmente inteligentes são capazes de identificar e gerenciar os seus sentimentos, evitando que as emoções interfiram de maneira negativa no seu cotidiano e se essas emoções influenciam diretamente a nossa racionalidade. 

Assim, a importância de desenvolver a inteligência emocional para a hora da prova é não deixar os sentimentos abalarem a capacidade de concentração.

Ou seja, uma mente treinada para gerenciar situações de estresse, nervosismo e ansiedade é tão importante na hora da prova quanto o conteúdo estudado.

A aplicação correta das informações obtidas durante todo o período de preparação para uma prova depende do nosso estado emocional na hora do exame, e o equilíbrio dessa condição só é possível quando temos consciência do que pode acontecer, além de conhecer previamente quais as formas mais eficientes para contornar esses problemas.

Conclusão

A inteligência emocional é uma habilidade que traz benefícios para a nossa vida. Quando se trata do concurso público, ela é fundamental para que o candidato tenha consciência de que a jornada não é fácil, pode ser frustrante e mesmo assim não desista e se mantenha focado.

Levar uma vida de concurseiro, muitas vezes, é uma tarefa ingrata. Portanto, o candidato deve saber lidar com processos que eventualmente resultem na desclassificação.

Contudo, quem estuda e se esforça é recompensado. Assim, a inteligência emocional é fundamental para passar por todo esse processo de maneira saudável.

Agora que você já aprendeu que dominar as emoções é um fator determinante para o sucesso nos processos seletivos, que tal ler o nosso artigo focado nos concursos públicos? Aprenda mais sobre o assunto e saiba como se preparar ainda melhor para os próximos! 

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